Seguidores

sábado, 25 de julho de 2009

Eu percebi, nós percebemos

Eu percebi, nós percebemos
Um dia percebemos que nossa infância se foi e que não voltará mais, que os momentos especiais entre uma brincadeira e outra, ficou, que as canções se tornaram uma suave lembrança.
Um dia percebemos que não há mais aquele café da manhã com a família antes de ir para a escola, que ouvir música no quarto com as amigas não acontece mais e que brigar com o irmão por qualquer coisinha, ficou, como alegres momentos, felizes momentos onde o tempo se encarregou de afastar.
Um dia percebemos que o amor pode acabar, que podemos nos apaixonar mais de uma vez e que também sofremos desilusões. Percebemos que não existe príncipe encantado, que os “FELIZES PARA SEMPRE” só acontecem em contos de fadas.
Um dia percebemos que existe “céu”, que é quando quem amamos fazem essa viagem, para nos confortar e não sofrermos acreditamos que eles estão em um lugar lindo, num campo verde coberto com milhares de flores e “bem”.
Um dia acreditamos que estamos neste mundo para fazer algo produtivo, para fazer a diferença, acreditamos num mundo justo, onde todos possam viver com dignidade, amor e união.
Um dia percebemos que o mundo é vilão, que as pessoas se usam, se suportam, se compram. Percebemos que não há justiça, não há igualdade, não há amor.
Um dia percebemos que estamos aqui de passagem, que o tempo é curto, que a vida de antes se foi, que o presente é somente um dia, uma hora, um segundo para aguentar, para levar.
Um dia percebemos que o futuro não idealizamos mais, percebemos que a esperança de uma criança se foi quando o brincar se tornou um jogo... Jogo de sobrevivência.
Um dia percebemos que o primeiro amor deixou marcas, e que não acreditávamos que antes de amar um outro teríamos que nos aceitar mais, nos amar mais. Pois amores vem e vão.
Um dia percebemos que esse amor fez com que eu ficasse descrente, que não confiasse mais, não tentasse mais.
Um dia percebemos que o tempo estava passando, que estávamos sós nesse idílio. Percebemos que a solidão era nossa companheira, nossa cúmplice, nossa aliada.
Um dia percebemos que enquanto ainda batia meu coração eu pudesse ter feito a diferença. Que enquanto ainda tivesse um sopro de vida eu pudesse ter pelo menos amado mais, me importado mais, vivido mais.
Um dia percebemos que a morte não muda ninguém, mas a vida sim...
Quem sabe um dia, quem sabe...
Viver primeiro e morrer depois, mas sendo o protagonista de sua própria história.


Eu percebi tarde demais.
Débora F.

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Sede de paixão

Sede de paixão

Entre olhares diversos
Meus olhos se fixaram ao seu.
O tempo passou, viajei nos sonhos meus...
Senti o amor refletido,
Em cada olhar, em cada gesto.
Perdão meu amor por te amar de repente...
Fui enfeitiçada, não posso me culpar...
Culpo você, por seu olhar brilhar.
Culpo você, por me enamorar.
Culpo você, por me apaixonar...
Tenho sede, quero beber em sua boca,
O perfume do seu sorriso.
Embriagar-me na suavidade,
Na intensidade de seu calor...
Como se fosse vinho, na taça da paixão.
Ás vezes doce, ás vezes amargo.
Um brinde ao desejo,
Um brinde ao prazer,
Um brinde ao amor...
Ainda me culpa por te amar?
Sou somente uma mulher,
Que tem sede de Paixão.
Tim Tim
Débora F.

sábado, 18 de julho de 2009

Fui atrás de você no deserto



Fui atrás de você no deserto


Longe, muito longe,
Caminhos distantes percorri.
Sol quente, dunas e mais dunas...
Onde eu estava?


Cansada, com sede... Apavorada.
Medo?
Dunas, mais dunas, camelos, serpentes...
Nem sinal... Se não estas no Saara,
Onde está?


Estou desolada, essa imensidão...
Me aflige a alma e o coração.
Tempestade de areia,
Somente nos olhos...
Que por um tempo não via...
Não sentia, não entendia...
Só te amava...


Não é uma miragem!
Oásis existe sim...
Fui atrás de você no deserto,
Agora venha até mim...
Deixe-me saber que você me quer,
Tanto quanto eu o quero.


Te procurei no deserto,
Não precisava ir tão longe,
Dunas, Dunas... Só dunas.
E te encontrei aqui... Perto, tão perto.


No deserto do meu coração,
Surgiu como por encanto um Oásis,
Onde nos deliciamos,
Tâmaras, beijos, beijos, tâmaras.


Débora F.

sábado, 11 de julho de 2009

Cicatrizes

Cicatrizes

Reflexo no espelho,
Vejo-me por inteiro, o que há.
Olhos que brilham, pele que reluz,
Lábios que convidam.

Reflexo de vida, passado, presente.
Linhas que marcam o tempo,
Ainda belo, ainda que vividos.
Adquiridos, sentidos.

Marcas de um tempo que passou,
Vida que restou.
Reflexo meu, tempo meu.

Beleza que impera,
Ainda que aparente!
Marcas profundas, invisíveis.
Não reconheço, mas tenho.

Cicatrizes da vida,
Eu toco, não vejo, mas sinto.
Ela esta aqui, em mim.
Cicatrizes da alma.

Eu estou com elas,
Eu sou.
Fazem parte de meu ser,
Feridas do tempo,
Marcas que ficou.
Cicatrizes da vida!

Débora F.

sábado, 4 de julho de 2009

O que eu odeio em você

O que eu odeio em você
Quando te olho, te observo encantada ao longe,
Tento me aproximar devagar, suavemente.
Não consigo, meu olhar não é o bastante.
Dá-me somente um olhar...
Que eu lhe darei motivos para me amar.
Você foge, se afasta e vai... Odeio.
Quando ouço sua voz penetrante, vivaz,
Procuro o silêncio para melhor lhe escutar.
Não é para mim, o silêncio é mortal.
Diga-me o que queres...
Que eu lhe darei motivos para me amar.
Você se cala, se afasta e vai... Odeio.
Quando sinto que estas perto, estremeço,
Quero senti-lo inteiro e de todas as maneiras.
Mas, você não sente como eu.
Sinta só um pouco...
Que eu lhe darei motivos para me amar.
Você se retrai, se afasta e vai... Odeio.
Nossos olhares se encontram,
Sua voz me acaricia,
Eu te sinto, suspiro, contentamento.
Você está perto, tento te tocar,
Um leve toque de amor,
Sinta meu toque, simplesmente e somente...
Meu toque.
Minha mão cai no caminho, não te alcanço.
Sinta meu toque,
Que eu lhe darei motivos para me amar.
Você se afasta, vai... Odeio.
Odeio o homem que não vê,
Odeio o homem que não diz,
Odeio o homem que não sente,
Odeio o homem que vai,
Sem ao menos me conhecer.
Odeio-me por não entender.
Débora F.