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quinta-feira, 21 de abril de 2011

A procura


A procura

Viajando por vales desconhecidos,

Recuso-me a olhar o horizonte...

Sua beleza me confunde, entrevejo-me a sua imensidão.

Recuando aos obstáculos, minha paixão se funde ao medo.

Esquivo de seu olhar... Fujo de seu encanto.

Recuso-me a te encontrar, insensato fugitivo.

Viajando por dantes conhecidos,

Rejeito seu apego e renego sua aproximação,

Acuando aos interferes , meu ardor se edifica ao temor.

Poupo sua fácil tentativa, continuando minha jornada.

Doce entusiasmo... Vislumbro passageiro.

Viajando...

Continuo a procurar...

Olho, mas não vejo.

Meus encantos se esvaem...

Por vales desconhecidos viajei, por dantes conhecidos procurei...

A incerteza me persegue por buscas incompreendidas que encontrei.

Por propostas ousadas e insensatas que recusei ...

O amor nos vales é utópico...

Cansei!

Insensato fugitivo, onde se escondes?

Eu sei...

Mas, agora sou eu...

Por vales desconhecidos me escondo!

Por dantes conhecidos me oculto!

Encontrei a verdade...

Coração ferido, um eterno fugitivo.

Débora F.
"A procura se faz... Mas, cansa!" (Débora Francischini)

Fonte das imagens: Google