Viajando por vales desconhecidos,
Recuso-me a olhar o horizonte...
Sua beleza me confunde, entrevejo-me a sua imensidão.
Recuando aos obstáculos, minha paixão se funde ao medo.
Esquivo de seu olhar... Fujo de seu encanto.
Recuso-me a te encontrar, insensato fugitivo.
Viajando por dantes conhecidos,
Rejeito seu apego e renego sua aproximação,
Acuando aos interferes , meu ardor se edifica ao temor.
Poupo sua fácil tentativa, continuando minha jornada.
Doce entusiasmo... Vislumbro passageiro.
Viajando...
Continuo a procurar...
Olho, mas não vejo.
Meus encantos se esvaem...
Por vales desconhecidos viajei, por dantes conhecidos procurei...
A incerteza me persegue por buscas incompreendidas que encontrei.
Por propostas ousadas e insensatas que recusei ...
O amor nos vales é utópico...
Cansei!
Insensato fugitivo, onde se escondes?
Eu sei...
Mas, agora sou eu...
Por vales desconhecidos me escondo!
Por dantes conhecidos me oculto!
Encontrei a verdade...
Coração ferido, um eterno fugitivo.