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domingo, 30 de maio de 2010

Eu, mulher invisível

Eu, mulher invisível

Eu, mulher que caminha por campos verdejantes...
Meu andar deslumbra, fascina... Mera viajante, pura ilusão.
Imperceptível caminhar de mulher, sutil momento de solidão.
Eu, Mulher que dança sua própria coreografia...
Passos que comovem, promovem sensualidade ao compasso do apego.
Mera dançarina, pura ilusão.
Pequenina mulher a bailar seu passo solo a ninguém notar.
Eu, mulher que canta belas notas de amor, melodias que seduzem...
Meu cântico envolve, extasia... Mera fantasia, pura ilusão.
Insignificante mulher a cantar sua composição apenas para si.
Eu, Mulher que diz palavras doces...
Meu falar cativa, enleva... Mera alocução, pura ilusão.
Inaudível mulher a falar suas frases bem feitas a ninguém escutar.
Eu, Mulher que ama, que deseja...
Meu amor arrebata, abisma... Mera utopia, pura ilusão.
Imperceptível mulher a simplesmente desejar a amar.
Eu, Mulher que sonha o querer, o impossível.
Meu sonhar alucina, fantasia... Mero engano, pura ilusão.
Apenas uma Mulher a sonhar, coisas do coração.
É possível ir desaparecendo pouco a pouco?
Sim.
Eu, Mulher invisível...

Débora F.

“Só é possível tornar-se visível a partir do momento que as pessoas o amem pelo que você é, e quando você mesmo se principiar a se valorizar e se amar.” ( Débora Francischini).

Crédito das imagens: Google