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quinta-feira, 27 de agosto de 2009

O caminho

O caminho


Passos apressados na rua, densa e esburacada.
Vertigem do mal a vista, o medo domina meu ser...
Inquieta estou, tropeços desfiguram minha caminhada.
Resigno a me encontrar, temo o fim da jornada.
Prefiro a quietude no meu eu, não há saída... É o fim.
Em cada deslize, em cada tropeço,
A vida se mostra audaciosa e imponente...
Estrada maliciosa, caminho hipotético do algoz.
O medo está, se faz presente...
Caí...
Uma luz acolhe este ente machucado,
De pé a perseguir o fim, o encontro do meu eu.
Eu que hoje corre, que agora se acha.
Caminho difuso percorri,
Vida que passou por mim...
E hoje, estou aqui a me servir.
Meu medo... Temo ainda me encontrar
Em ti.



O passado se faz presente em muitas situações, não há o porquê tentarmos esquecer, temos que aprender a entendê-lo.
Nossa vida é uma íngreme caminhada, ás vezes em uma estrada dourada, bonita, onde a paisagem se faz em seu esplendor. Esse caminho é tão fácil de seguir, não há obstáculos, não há tropeços, só vemos o lado bom, o cenário é belo em sua magnitude, em sua essência. Ser feliz perante essa jornada é conseqüência do perfeito, do certo. O efeito é maravilhoso aos nossos olhos e a nossa vida.
Em outras, o caminho é difícil, tropeçamos a cada marcha, a cada olhada para os lados... Seguimos por ele, caímos e nos reerguemos... Mais alguns, e voltamos a cair.
Entender essa jornada não é simples, pois quando enfrentamos o caminho onde encontramos a mágoa, o ódio, a vingança, a tristeza, o desamor... Sentimos-nos tão pequenos, insignificantes aos outros e a nós mesmos. Estamos aí tão centradas em sofrer que não enxergamos o passo seguinte, que bem ali na frente existem diversas possibilidades, que o algoz presente não está, ele é passado... Mais um passo e o dourado do caminho aparecerá, só mais um, não pare, prossiga e entenda que lá atrás ouve o fracasso, a desilusão, o sofrimento e que você aprendeu com eles na dor como derrotar esse mal e ainda recomeçar sempre, pois não há tempo para nossa vida, cada minuto é um sopro e que este te leve sempre ao caminho de ouro.
Há um mundo dinâmico acontecendo, o caminho a seguir é sua escolha. Caminhe com segurança, com vontade de viver e agir conforme sua vontade de ser feliz. Tropeços acontecerão, mas só você pode decidir se ele te derrubará ou não. A escolha é sua.


Débora F.

Crédito de imagens: Google

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O caos do fim ... O ciclo

O caos do fim ... O ciclo


Todo término de relacionamento é abstruso e nos faz sofrer. Seja um “amor” de pouco tempo ou de muitos anos, a dor é a mesma se foi este um amor verdadeiro.
Quando nos deparamos com a perda, nos sentimos péssimas, caímos literalmente no fundo do poço. Ouvimos uma música romântica, choramos! Alias, neste clima em que nos encontramos, podemos ouvir Rock, Pop, Axé, Funk, Black, Pagode, Samba, Eletrônica, Gospel, Brega, Sertanejo, Forró, Dance... Que nos debulhamos em lágrimas. Isso sem contar, filmes, livros, propagandas, ver um casal de mãos dadas, até mesmo aquela receita de bolinho de chuva da vovó. Se formos medir a capacidade em litros de tantas lágrimas que perdemos num começo de fim de relacionamento daria para encher uma caixa d água ou mais.
Os amigos, a família, todos vem e diz que não vale à pena, que esse amor já estava fadado ao fim. Então percebemos aí que todos já sabiam, só eu que não. Será que ele falou com eles antes? Será que foi premeditado? O que eu fiz de errado?
Isso nos deixa mais melancólicos, nossa auto- estima se vai. O desespero se instala, a insônia nos consome dia a dia, pois vimos que foi o fim unilateral de um amor, o elo foi quebrado.
Nenhum rompimento nos parece saudável no primeiro momento, pois esse elo que tínhamos, nossos projetos, tudo desaba de uma só vez, isso nos deixa desnorteados.
Esse é o momento que chamamos de luto, em que temos que passar por ele para que possamos nos reerguer e seguir em frente.
Este período requer muita força e determinação, carecemos desse espaço denominado luto para que nós nos reencontremos, nos alinhemos de novo com nossos próprios sentimentos.
O tempo passa e a cada dia nos revigoramos mais, o apoio que recebemos, as palavras sinceras, os sorrisos calorosos, a vontade de viver é fundamental, é a base, é o que nos infunde e nos faz melhor, nos faz sorrir, nos faz esquecer e entender o que decorreu.
A mágoa agora já não é o que nos rege, que nos faz padecer. Já ficamos mais propícios a conhecer e ultrapassar novas fronteiras, já estamos libertas e com nossa auto-estima intacta.
E é nesse tempo, onde a renovação se instaura. Onde as asas que te aprisionaram dão vazão aos sentimentos de aceitação, de perdão. Essas mesmas asas te levarão a vôos por sobre as nuvens da esperança e do amor, serão vôos de glória, de encantos.
E após muitas viagens, muitos vôos... De repente, quando menos se espera...


MAR: Esse sorriso seu me desarma...
Daí fico olhando e perco as palavras!

...................................................................................

MAR: To bobo. RS.

Débora: Eu que estou ficando boba aqui!

MAR: Rs.. então somos 2...
MAR: É inevitável, posso te pedir uma coisa?

Débora: Hummmm... Pode!

MAR: Toma um cappuccino comigo?

..................................................................................

MAR: No final do dia... Ganhei a noite.
Débora: Eu também... Beijo.

A vida é um ciclo onde passamos por muitas coisas, coisas boas ou não. O importante é termos fé, esperança, um coração puro que possa perdoar e nunca guardar rancor, mágoas, mas acima de tudo é ter muito amor, pois ele te encontrará seja onde for.


E, como um bom presságio, começou a soprar uma brisa agradável que agitou os cachos floridos das acácias, fazendo cair sobre os dois apaixonados uma chuva de pétalas douradas.

Nota: Esse diálogo é real, mas claro que não se encontra na integra. Bom, devem estar curiosos sobre o cappuccino! Qualquer dia eu conto.

Créditos de imagens:Google.

Débora F.




domingo, 9 de agosto de 2009

Saudade ao luar

Saudade ao luar


O uivo de um lobo se escuta ao longe,
Refletindo em mim a magnitude de seu som.
Vejo-o através da névoa,
Vislumbro-o em sua pose imponente suplicando á lua,
Exaltando com sua melodia estridente.
Reajo a ele, me aproximo...
O luar se faz em reflexos dourados,
Reluzindo minha ousadia em querer tocá-lo.
Vejo-me sonhando, querendo-o.
Ele se vai, afasta de si o anjo que se aproxima.
Ousado, seu uivo trêmulo abala os ápices do amor.
Arrojado, seu olhar provoca a mais suntuosa dos seres.
O encanto do luar se desfaz, o inevitável acontece.
O encanto do amor se quebra, a angústia aconchega.
O tempo se foi, desfez o amor e o encanto se quebrou.
A agonia da lembrança se faz...
Em noites de luar me vejo a lhe seguir,
O que me resta de ti?
Saudade em prantos recai em meus...
Meus sonhos...
Mesmo assombrada, meio dormindo, meio acordando,
Não sei como vim parar aqui...
O luar se faz só.



Débora F.

Imagens: Google

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Liberdade

Liberdade


Estava presa, trancafiada há muito tempo. Não eram grades que me mantinham ali, estava numa redoma, incrivelmente invisível, mas que me mantinha estagnada, imóvel em meu próprio cárcere.
Dessa redoma eu podia ver o mundo, interagir com ele. Mas eu fazia conforme seu desejo, suas vontades.
Ele cuidava de mim, me mantinha segura. Dizia-me o que era certo e o que era errado. Sua voz era um cântico onde eu submissa aos cuidados seus, o ouvia atentamente.
Ele, sob sua aparência enganadora me dirigia, me levava aos encantos seus. A redoma era seu manto, a camuflagem perfeita.
Um dia, enfadada de ficar nesse mundo só meu, sendo cuidada por um carcereiro que só sabia me conduzir, resolvi me rebelar.
A redoma era árdua, inabalável...
Mas eu era mais, neste momento eu me tornei mais forte, inflexível. O empurrei, não com minha força física, mas com a força de meus sentimentos, de meus anseios, de minha vontade de viver, de ser feliz, não só por um momento, mas completamente feliz para sempre, nem que eu própria tenha que transformar minha vida em um eterno CONTO DE FADAS.
Neste momento, meu pobre carcereiro sumiu como por encanto, ele provou a maçã, ele tomou a poção que o levaria para sempre.
Essa redoma que há muito me governava, era somente o “Medo” que estivera sempre presente em minha acomodada vida.
Liberdade, liberdade... A mais linda palavra que agora faz parte de minha existência.
Determinei neste instante, caminhar, voar alto, ultrapassar obstáculos, escalar montanhas, pular de pára-quedas, nadar nua, cantar numa boate, atravessar a rua para comprar uma simples coca-cola... Eu só quero ousar, me encontrar e se for para fazer algumas loucuras, tudo bem, eu não mais receio, aquele “medo” sumiu! Confesso que ainda tenho um pouco, mas não é o mesmo que me fazia de boba e não me deixava viver. É um medinho leve, que faz parte de mim.
Agora eu sou uma pessoa melhor, me encontrei, me aceitei, amo e sou amada.
Todos os dias quando abro meus olhos para o lindo amanhecer, agradeço a Deus por minha vida, por mais um dia.
Levanto-me e olho no espelho, e me vejo, como realmente eu sou... Simplesmente uma mulher que agora sabe viver. Que possui algumas cicatrizes, mas que hoje entende que em toda história há seus momentos de dor, mas também de felicidade e o deleite do prazer.
Ao caminho do trabalho, já não fecho os olhos, agora eu não só olho, como vejo, aprecio todos os encantos da natureza, todas as pessoas que passam por mim e que um simples bom dia faz o meu dia mais próspero.
Desempenho minhas atividades profissionais, não porque sou obrigada, mas porque gosto, amo estar ali, onde o lugar me aceita, as pessoas me acolhem e eu... Sou grata.
Quando estava presa... Eu não conhecia o que era sorrir, amar, sonhar, agradecer. O medo de conviver era o que me deixava alheia ao mundo.
Hoje eu me aceito,
Hoje eu acredito em mim,
Hoje eu sei agradecer,
Hoje eu me cuido,
Hoje eu tenho cuidados com o meu próximo,
Hoje eu tenho mais amigos,
Hoje eu adoro o nascer do sol,
Hoje eu amo o anoitecer,
Hoje eu amo viver,
Hoje eu amo,
Hoje eu sou feliz...
Amanhã, serei muito mais.



Débora F.

Crédito das imagens: Google

sábado, 1 de agosto de 2009

Destino, esse desconhecido


Destino,
Esse desconhecido
Flagelado coração,
Quente e frio, não se sente...
Inesperada paixão incontida,
Surge no ápice de meu martírio.
Um homem sensual,
Solidão aconchegante,
Um risco de se apaixonar.
Ó príncipe dos mares...
Que se achega, se acomoda...
Rouba-me...
Ladrão de sonhos, larápio do amor...
Felicidade momentânea.
Sonhos entrelaçados, amores dissimulados...
Mais que o acaso, o encanto ao luar.
Coração capturado, velado.
Ó príncipe dos mares...
O preço da conquista...
Amar sem medo esse misterioso nobre,
Na infinita odisséia do mar azul,
Sob estrelas e o olhar de Órion.
Uma noite de desejo, uma vida de paixão...
Ó príncipe dos mares.
Pirata do amor...
Felicidade roubada.
Meu destino te amar...
Seu destino... Uma noite,
O mar é seu refúgio.

Esse desconhecido.

Débora F.