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sábado, 27 de junho de 2009

Sou indiferente

Sou indiferente
O nascer do sol me é indiferente,
Continuo dormindo.
Um caloroso bom dia não me toca,
Ainda durmo.
Sentar a mesa com amigos é caloroso,
Não ligo.
Um sorriso sincero não me afeta,
Dormindo ainda.
Um toque de carinho não reconheço,
Me afasto.
Um elogio eloqüente.
Pouco entusiasmo.
Uma gargalhada sutil,
Silêncio mórbido.
O calor de um abraço,
Postura fria.
Um encontro casual
Tanto faz.
Se eu te amo ou te odeio,
Sou indiferente.
Sou pior, eu durmo,
Passo a minha vida,
Dormindo.
Débora F.

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Um pouco de mim.

Um pouco de mim.

Eu sou
sentimentos que não vivi,
Sonhos que não realizei,
Amores que um dia senti.
Sou... O amor.
Encanto,
Paixão,
Emoção, Ilusão?

Sinto falta de
Carinhos que não recebi,
Melodias que não ouvi,
Vida que não vivi,
De você que não conheci.


Fui magoada, magoei,
Lutei e fracassei,
Amei e fui amada,
Deixei e fui deixada.
Chorei,
Sorri.

Muitas vezes
Chorei por uma injustiça,
Sonhei acordada,
Acalentei, brinquei,
Busquei, sofri,
Encontrei, perdi também.

Eu sinto pelas
Pessoas que não conheci,
Que magoei e fiz chorar,
Lugares que não vi,
Sonhos que não realizei,
Que perdi.
Sinto.

Tenho saudades
De minha infância, adolescência
Do ontem, do hoje.
Dos amigos que perdi,
Do meu eu,
Enfim, saudades assim.
Eu tenho.
Espero
Ainda cantar, brincar,
Sentir, viver,
E através dos poemas,
Voltar a sonhar
E amar.

Débora F.

sábado, 13 de junho de 2009

Ser feliz


Faça o que for necessário para ser feliz. Mas não se esqueça que a felicidade é um sentimento simples, você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade. (Mário Quintana)




Preciso de tempo para ser feliz,
Problemas que não acabam!
Chega, cansei, quero resolver
E ser, como se diz, feliz.




Tudo tem seu tempo, eu sei,
Mas cansei. Ah, esse amor,
Que não vem.
Quem? Alô, Alô...




É você, não esperava.
Ok. Que piada!
O jeito é
Dar muita risada!




Está difícil? Eu sei.
Problemas,é fria!
Dá um tempo,
Para ser feliz
Sorria e siga.




Com o tempo vamos percebendo que para ser feliz, não é tão complicado, é até fácil! É só sabermos viver certo, viver com amor. Temos problemas? Claro! Quem não tem, mas isso não pode impedir de sermos felizes, os problemas vão e voltam, é vida, sem eles não conseguiríamos nos conhecer, às vezes esses chamados “problemas” são o que nos fazem aprender. E a vida é assim, estamos aprendendo o tempo todo. Augusto Cury diz, “Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da própria história.”




Para sermos felizes precisamos amar?






Primeiro precisamos sentir amor por nós mesmos, pois só assim abriremos o coração para receber o amor de alguém. Pois tudo começa com amor próprio. Seja feliz, entregue-se, amar é muito bom!



Não é correspondido? Paciência! Percebe-se que aquele que você ama (ou acha que ama) e que não quer nada com você, na verdade, ele não te merece, e este “alguém” não faz parte de sua vida. Carlos Drumond de Andrade diria que “O certo seria não sofrermos por amor, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.”



Não tenha medo de amar. E lembre-se sempre, você merece o amor.



Ser feliz é estar sempre sorrindo?


Sorrir, rir, gargalhar, nos faz feliz. É ter bom humor, é apreciar a vida com mais leveza. “No dia-a-dia, pelo amor de Deus, seja idiota! Ria dos próprios defeitos. E de quem acha defeitos em você. Ignore o que o boçal do seu chefe disse. Pense assim: quem tem que carregar aquela cara feia, todos os dias, inseparavelmente, é ele. Pobre dele.” (Arnaldo Jabur)

Sorri quando a dor te torturar

E a saudade atormentar

Os teus dias tristonhos vazios

Sorri quando tudo terminar

Quando nada mais restar

Do teu sonho encantador

Sorri quando o sol perder a luz

E sentires uma cruz

Nos teus ombros cansados doridos

Sorri vai mentindo a sua dor

E ao notar que tu sorris

Todo mundo irá supor

Que és feliz

Charles Chaplin

Seja otimista em relação a sua vida, ela vale ouro, você só tem uma, então porque não tratá-la bem, com pensamentos positivos e esperançosos. Seja feliz, não importa o quão difícil seja uma situação, tenha sempre em mente que você pode vencê-la e superá-la. “Sonhe com aquilo que você quiser.Seja o que você quer ser, porque você possui apenas uma vida e nela só se tem uma chance de fazer aquilo que se quer. (Clarice Lispector)

Hoje não foi um dia comum. Acordei triste. Assim, olhar baixo, sem vontade de conversar, pros cantos.
Tentando analisar minha vida! E nem psicóloga ou psiquiatra sou! Bom, vamos lá...

Pensei nos problemas e que nem são tantos assim! Então me fiz algumas perguntas: O que você quer? Quero ser feliz.

Bom, problemas a resolver, quer ser feliz e não sabe por onde começar! Certo, vamos listá-los.

Fiquei pensando, que problemão agora! Cadê os benditos problemas? Só se for os de matemática que tenho que preparar para a aula de amanhã!
Se não são os problemas, será causa de coração partido?
Pode ser, quando me sinto só fico triste, meio carente sabe!
Hum, e você está sofrendo?
Não, não é isso. Eu acho que por ficar assim, deve ser por causa do amor, quero dizer, a falta dele!
E você quer um novo amor?
Não pensei muito sobre isso, apareceram sabe alguns pretendentes, mas não deu química.

Isto é vida, coisas assim acontecem o tempo todo. Não fique olhando para trás com pesar, olhe com cuidado e sinta que o que passou, se foi bom ou ruim, você viveu, você aprendeu. Não podemos esquecer, e sim entender.

É verdade, temos que pensar no futuro também, e com muito carinho.

Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. Suas escolhas, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você tem, tudo será determinante para o seu futuro e sua felicidade.

FELICIDADE REALISTA

De norte a sul, de leste a oeste, todo mundo quer ser feliz. Não é tarefa das mais fáceis. A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos.

Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica, a bolsa Louis Vitton e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor... não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito.

É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Por que só podemos ser felizes formando um par, e não como ímpares? Ter um parceiro constante não é sinônimo de felicidade, a não ser que seja a felicidade de estar correspondendo às expectativas da sociedade, mas isso é outro assunto. Você pode ser feliz solteiro, feliz com uns romances ocasionais, feliz com três parceiros, feliz sem nenhum. Não existe amor minúsculo, principalmente quando se trata de amor-próprio.

Dinheiro é uma benção. Quem tem, precisa aproveitá-lo, gastá-lo, usufruí-lo. Não perder tempo juntando, juntando, juntando. Apenas o suficiente para se sentir seguro, mas não aprisionado. E se a gente tem pouco, é com este pouco que vai tentar segurar a onda, buscando coisas que saiam de graça, como um pouco de humor, um pouco de fé e um pouco de criatividade.

Ser feliz de uma forma realista é fazer o possível e aceitar o improvável. Fazer exercícios sem almejar passarelas, trabalhar sem almejar o estrelato, amar sem almejar o eterno. Olhe para o relógio: hora de acordar. É importante pensar-se ao extremo, buscar lá dentro o que nos mobiliza, instiga e conduz, mas sem exigir-se desumanamente. A vida não é um game onde só quem testa seus limites é que leva o prêmio. Não sejamos vítimas ingênuas desta tal competitividade. Se a meta está alta demais, reduza-a. Se você não está de acordo com as regras, demita-se. Invente seu próprio jogo.

Martha Medeiros

Autores citados: Mário Quintana, Carlos Drumond de Andrade , Charles Chaplin, Clarice Lispector, Martha Medeiros, Arnaldo Jabur.

Débora F

domingo, 7 de junho de 2009

A tristeza permitida

A tristeza permitida

*Se eu disser pra você que hoje acordei triste, que foi difícil sair da cama, mesmo sabendo que o sol estava se exibindo lá fora e o céu convidava para a farra de viver, mesmo sabendo que havia muitas providências a tomar, acordei triste e tive preguiça de cumprir os rituais que normalmente faço sem nem prestar atenção no que estou sentindo, como tomar banho, colocar uma roupa, ir pro computador, sair para compras e reuniões - se eu disser que foi assim, o que você me diz?


Se eu lhe disser que hoje não foi um dia como os outros, que não encontrei energia nem para sentir culpa pela minha letargia, que hoje levantei devagar a tarde e que não tive vontade de nada, você vai reagir como?


Você vai dizer "te anima" e me recomendar um antidepressivo, ou vai dizer que tem gente vivendo coisas muito mais graves do que eu (mesmo desconhecendo a razão da minha tristeza), vai dizer para eu colocar uma roupa leve, ouvir uma música revigorante e voltar a ser aquela que sempre fui, velha de guerra.


Você vai fazer isso porque gosta de mim, mas também porque é mais um que não tolera tristeza: nem a minha, nem a sua, nem a de ninguém. Tristeza é considerada uma anomalia do humor, uma doença contagiosa, que é melhor eliminar desde o primeiro sintoma. Não sorriu hoje? Medicamento. Sentiu uma vontade de chorar à toa? Gravíssimo, telefone já para o seu psiquiatra.


A verdade é que eu não acordei triste hoje, nem mesmo com uma suave melancolia, está tudo normal. Mas quando fico triste, também está tudo normal. Porque ficar triste é comum, é um sentimento tão legítimo quanto a alegria, é um registro da nossa sensibilidade, que ora gargalha em grupo, ora busca o silêncio e a solidão. Estar triste não é estar deprimido.


Depressão é coisa muito mais séria, contínua e complexa.


Estar triste é estar atento a si próprio, é estar desapontado com alguém, com vários ou consigo mesmo, é estar um pouco cansado de certas repetições, é descobrir-se frágil num dia qualquer, sem uma razão aparente - as razões têm essa mania de serem discretas.


"Eu não sei o que meu corpo abriga/ nestas noites quentes de verão/ e não importa que mil raios partam/ qualquer sentido vago de razão/ eu ando tão down..."


Lembra da música? Cazuza ainda dizia, lá no meio dos versos, que pega mal sofrer. Pois é, pega mal. Melhor sair pra balada, melhor forçar um sorriso, melhor dizer que está tudo bem, melhor desamarrar a cara. "Não quero te ver triste assim", sussurrava Roberto Carlos em meio a outra música. Todos cantam a tristeza, mas poucos a enfrentam de fato.


Os esforços não são para compreendê-la, e sim para disfarçá-la, sufocá-la, ela que, humilde, só quer usufruir do seu direito de existir, de assegurar o seu espaço nesta sociedade que exalta apenas o oba-oba e a verborragia, e que desconfia de quem está calado demais. Claro que é melhor ser alegre que ser triste (agora é Vinicius), mas melhor mesmo é ninguém privar você de sentir o que for.

Em tempo: na maioria das vezes, é a gente mesmo que não se permite estar alguns degraus abaixo da euforia.Tem dias que não estamos pra samba, pra rock, pra hip-hop, e nem por isso devemos buscar pílulas mágicas para camuflar nossa introspecção, nem aceitar convites para festas em que nada temos para brindar. Que nos deixem quietos, que quietude é armazenamento de força e sabedoria, daqui a pouco a gente volta, a gente sempre volta, anunciando o fim de mais uma dor - até que venha a próxima, normais que somos.


As crônicas da Martha Medeiros são instigantes e passam todos os tipos de sentimentos: amor, raiva, compaixão ...

[Pág 21, Doidas e Santas]

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Sentada a beira mar


Sentada a beira mar, estou a olhar,
Estou a pensar.
Só você não percebe, que meu amor,
Vai além.
Estou só, mas você de uma maneira que não entendo me acompanha, em meus pensamentos, em meus anseios, em meus desejos.
O mar me olha, e é tão azul que me ofusca, que me confunde. Meus olhos se perdem na imensidão do seu olhar.
Tento te tocar, mas não consigo. Eu sinto e é triste.
Sinto uma brisa em meus cabelos e com ela um sussurro.
“Eu preciso ir, meu encanto só permanece com a distância. Preciso sentir saudades para pode voltar.”
Tento te tocar, mas você está tão longe, longe do meu olhar.
A dor me incomoda, está alojada em meu peito. Ele clama por você, ele suplica.
“Volte”.
Quero seu encanto comigo, não importa mais, não ligo!
Sentada a beira mar, estou a chorar,
Estou a falar,
Só você não vê, que meu amor,
E seu.
O mar me cala, o mar abafa,
Suas ondas formam o suplicio em que se encontra minha alma.
Está tarde, fico contemplando o entardecer. Gotas caem, são lágrimas de saudade, lágrimas de tristeza que o céu compadecendo comigo, chora minha dor.
Um vento mais forte desarma minha apatia. Um grito:
“Não posso voltar, pois nunca fui seu. Ainda!”
Então, entendi. Quando estiver pronto, com seu encanto intacto, ele virá.
Era preciso esse tempo, era necessário ficar longe.
Meus olhos voltam a brilhar, a espera é minha maior companheira neste momento. E sei, que, quando você entender, estarei aqui para você.
Sentirei saudades, chorarei por você. Mas, estou feliz por ter esperanças que você perceba que esse seu encanto só será pleno e maravilhoso quando estiver comigo.
Sentada a beira mar, estou a esperar,
Estou a sonhar,
Só você não vem,
Te amo além.
Débora F.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Não posso e não consigo

Não Posso e não consigo


Sair já não posso,
O cansaço me consome.
Não consigo me livrar,
Preciso de ar. Respirar!


Viajar não posso,
O tempo é curto.
Não consigo ir,
Necessito rir. Partir.


Cantar não posso,
Não sei.
Não consigo nenhuma nota,
Quero um dó. Pra quê?


Sentir não posso,
Eu tento.
Não consigo ter emoção,
Preciso da canção. Reflito.


Amar não posso,
Eu quero.
Não consigo entender.
Por quê?


Para respirar,
Para sentir,
Para amar,
Partir,
Pra quê?


É assim que eu permanecia, nesse meu mundinho de “não posso” e “não consigo”. Colocava limites a mim mesma. Regrinhas que não havia necessidade, onde só atrapalhava, me podava para uma vida mais livre, mais suave, repleta de acontecimentos bons e chances de ser feliz.


O não posso me permitia a ficar presa numa cela, onde só eu poderia ocupar. Os outros, quando me visitavam, permaneciam distantes, não se achegavam, pois eu não permitia. Não posso nada e ninguém tem nada com isso. Então, os outros se foram. E eu continuei só.


Tentei me libertar. Mas o não consigo estava ainda a me acompanhar. Eu quero me livrar, mas não consigo, eu tenho tempo, mas não consigo, eu tento, mas não consigo, eu não sei... Não insista, NÃO CONSIGOOOOO!


Continuava presa, quando apareceu um menino, me olhou bem nos olhos e disse:


_ Você precisa viver, precisa se libertar.


"A vida, para os desconfiados e os temerosos, não é vida, mas uma morte constante." (Juan Luis Vives)


Refleti sobre o que ele disse. Mas uma voz sussurrava em meu ouvido “Você não pode, você não consegue”.


O menino continuou:


_Só o amor liberta.


Então eu pensei em minha vida passada, eu dispensei todos que me amavam, eu não amei suficiente, eu não demonstrei meu amor e todos se afastaram. Eu posso voltar a amar.


A voz continuava... “Você não pode, você não consegue”.


Já estava debilitada, desfalecendo.


Meu menino gritou:


_ Eu amo você, não morra! Você é minha vida, se você se for eu morrerei.


Meu coração acelerou, eu senti, senti a voz do amor.


Em um salto me reergui e olhei para o meu anjo, meu menino.

Ele já não se encontrava, mas sentia sua presença, e era esta que me dava forças para continuar.


Consegui sair, partir para uma vida nova, para uma vida de esperança, de oportunidades, de amor.


Meu menino, meu sonho.


Ele me ensinou a fazer a diferença, a dar valor à vida, apreciar a beleza e ter fé em mim e nos outros.


“Estar cheio de vida é respirar profundamente, mover-se livremente e sentir com intensidade.” (Alexander Lowen)


Eu posso, eu consigo.
Débora F.

Vida que me foi dada,

Doada em seu esplendor.

Amada, amor.

Voei nas asas da águia,

Admirei o por do sol.

Me encantei,

Renasci tamanha beleza.

Andei caminhos distantes,

Senti, chorei.

Amigos, amantes.

Subi na mais alta montanha,

Me emocionei, beijei.

Vida minha,

Respirei o amor.

Ultrapassei barreiras,

Sonhei, me entreguei.

Vida minha.

Eu sei.


Débora F.